Você termina uma consulta, desliga o computador e sente aquela ponta de dúvida.

Será que eu me comuniquei bem?
Ela entendeu o plano alimentar?
Será que vai voltar?

Às vezes o retorno é imediato — uma mensagem no WhatsApp com um elogio, uma dúvida ou até uma crítica inesperada. Às vezes, é o silêncio. Mas independente da forma, todo paciente tem algo a dizer. E saber ouvir isso, de verdade, pode ser o que separa um nutricionista comum de um que se posiciona com consciência, presença e estratégia.

A verdade é que os feedbacks são uma das ferramentas mais negligenciadas — e mais poderosas — da prática clínica. A forma como você lida com eles pode te fazer crescer ou te manter girando em círculos, sem entender por que seu público não se conecta como você gostaria.

Feedback não é sobre você — é sobre o que o outro percebe

É comum sentir aquele incômodo quando um paciente aponta algo que não saiu como o esperado. E tudo bem. A gente se dedica, estuda, quer fazer o melhor.
Mas feedback não é sobre ser perfeito. É sobre como você é percebido.

Você pode ter preparado um plano alimentar tecnicamente impecável. Mas, se a linguagem estava difícil demais, ou se o paciente se sentiu inseguro pra perguntar, a experiência dele não vai ser positiva. E não é sobre “culpa” — é sobre consciência.

O feedback é o que revela como o seu trabalho está sendo recebido. E é a partir dele que você pode ajustar o que for necessário: comunicação, materiais de apoio, postura durante o atendimento ou até o tom dos seus conteúdos nas redes sociais.

Nem todo feedback é útil (mas quase todo feedback diz algo)

É importante aprender a separar:

Feedback construtivo:

“Gostei bastante da consulta, me senti ouvida e o plano fez sentido. Só fiquei um pouco confusa com as porções. Talvez se tivesse um exemplo visual, ajudasse mais!”

→ Isso é um presente. Mostra reconhecimento, aponta um ponto de melhoria e ainda dá uma sugestão prática.

Crítica destrutiva:

“Achei você fria. Parecia que estava com pressa. Nem parece que gosta do que faz.”

→ Isso machuca. Mas também te ensina, especialmente se comentários assim forem frequentes.

Isoladamente, pode ser só projeção. Mas em repetição, pode indicar algo na sua postura que está gerando desconexão. O ponto é: até os comentários mais atravessados podem te dar pistas. Você não precisa absorver tudo, mas precisa saber analisar.

Ferramentas práticas pra colher feedbacks sem parecer invasiva

Tá, mas como fazer isso na prática sem parecer carente ou um profissional inseguro?
Aqui estão formas reais e simples de colher feedback:

1. Formulários pós-consulta (Google Forms, Typeform)

Crie um questionário curto com perguntas abertas e objetivas, como:

  • O que você mais gostou da consulta?
  • O que poderia ter sido melhor?
  • Alguma sugestão pra próxima?

💡 Dica: deixe claro que é anônimo e opcional. A leveza tá na forma como você apresenta.

2. Caixinhas de perguntas no Instagram

Pra quem já tem presença no digital, é uma forma rápida de captar percepções.

Exemplos:

  • “O que mais te ajuda nos posts aqui?”
  • “Se você já consultou comigo: o que mais te marcou na consulta?”

💡 Isso ajuda a entender como você é lembrada — o que é ouro pra alinhar posicionamento.

3. Follow-up via WhatsApp

Mensagem curta, depois da consulta ou alguns dias depois:

“Oi, fulana! Como você tá se sentindo com o plano alimentar? Se tiver qualquer sugestão sobre a consulta, vou adorar saber. Me ajuda a melhorar cada vez mais.”

💡 Soa humano. Mostra profissionalismo e cuidado, sem invadir.

4. Checklist de autopercepção

No final da consulta, entregue ou envie um checklist pro paciente marcar:

  • Me senti compreendido(a)
  • Entendi o plano alimentar
  • Senti que foi possível tirar minhas dúvidas

💡 Coloque um limiar de 1 a 5. Isso vai te ajudar a ter uma noção melhor do que precisa melhorar.

Usar feedback é algo profissional

É normal não acertar sempre em suas consulta, na realidade, sempre haverá erros.

O que realmente diferencia um nutricionista que cresce de um que trava é a capacidade de refletir sobre o que pode melhorar, sem perder sua essência.

Não se trata de mudar pra agradar todo mundo. Se trata de ajustar o que for necessário pra que sua mensagem seja recebida com mais clareza, e pra que o valor do seu trabalho seja percebido com mais força.

E a partir disso, sua presença digital também se transforma. Seus conteúdos ficam mais certeiros, sua bio faz mais sentido, sua comunicação deixa de ser genérica.

Se posicionar não é sorte — é método

Se você sente que está tentando se comunicar melhor, atrair mais pacientes ideais ou fortalecer seu posicionamento, mas ainda tá meio perdido em como fazer isso de forma estratégica…

É aí que a nossa mentoria entra.

Na Nutri Hacking, a gente te ajuda a olhar pro seu trabalho com clareza, entender o que o seu público realmente enxerga em você e transformar isso em marca, posicionamento e conexão com o público.

Nada de fórmulas prontas. Nós construímos juntos.
Quer começar esse movimento com a gente? Então já entra em contato com nossa equipe!