Alimentação, gravidez e amamentação
Certamente você já ouviu ou conhece alguém que já se deparou com diversas informações sobre alimentação, gravidez e amamentação, entretanto, muitas mães ainda possuem dúvidas e incertezas com relação à nutrição adequada nesse período. Contudo, vale ressaltar que apesar das dicas gerais que ajudam a tornar a experiência do aleitamento materno mais positiva, é importante consultar um nutricionista, que considere as particularidades do organismo de cada mulher e do bebê.
Alimentação materna e impactos para o bebê
Primeiramente, é importante ressaltar que o período de introdução alimentar começa no útero, pois o líquido amniótico tem um papel importante para a formação do paladar da criança. Isso porque o sabor desse líquido pode sofrer pequenas alterações, de acordo com a alimentação da mãe, ficando mais adocicado, salgado ou azedo – essas flutuações podem contribuir futuramente para a aceitação do bebê com o leite materno, já que este também pode ter seu sabor levemente alterado, causando rejeição em muitos casos. Por isso, é importante que a gestante tenha uma alimentação diversificada, baseada em alimentos in natura e minimamente processados, como as frutas, legumes, grãos e cereais integrais.
Além disso, vale mencionar que a amamentação é muito importante, e pode ajudar a prevenir diversas condições clínicas: estudos comprovam que o aleitamento materno possui um efeito protetor para algumas doenças, como a anemia ferropriva, diabetes mellitus, alergias e parasitoses, além de contribuir para o desenvolvimento neuromotor e cognitivo e evitar hábitos bucais prejudiciais, ocasionados pelo uso de bicos artificiais.
Por fim, é importante ressaltar que a produção de leite demanda um maior gasto energético, e por isso, a mãe deve estar com um bom aporte de nutrientes, sem restrições calóricas, especialmente neste período. Embora a existência de “leite fraco” ser um mito, exceto em casos de desnutrição materna, a experiência da amamentação pode ser dificultada quando a alimentação é pobre em nutrientes. De acordo com Wilson e Pugh (2005), as mães que consomem uma dieta com baixa quantidade de carboidratos tendem a sentir fadiga, falta de energia e desidratação, enquanto as que ingerem gorduras de forma insuficiente, por exemplo, podem ter deficiências das vitaminas A, D, E e K.
Ingestão de álcool e lactação
O álcool possui uma rápida absorção e consegue chegar facilmente ao leite, devido às suas características moleculares. Por esse motivo, quando mulheres que estão amamentando consomem álcool, cerca de 2% deste passa para o sangue, e consequentemente, para o leite materno. Ademais, outro ponto importante é que nas mães lactantes, as enzimas responsáveis pela metabolização do álcool no organismo encontram-se com atividade diminuída, o que repercute negativamente na concentração plasmática do álcool. Além destes fatores, aspectos como função hepática e peso da nutriz também influenciam a concentração desta substância no leite.
Em relação à criança, quanto mais imatura for, menor será sua capacidade de metabolizar e eliminar o álcool presente no leite materno. Efeitos que podem ser ainda mais significativos em bebês pré-termo, que em razão de sua prematuridade podem prolongar a meia vida do álcool, de modo a ocasionar um acúmulo de doses. Ainda, a exposição da criança ao álcool pode promover efeitos negativos em seu sistema imunológico, qualidade do sono e desenvolvimento motor.
Além disso, mesmo o consumo moderado de álcool causa a desorganização de hormônios responsáveis pela lactação, isto é, ao contrário do que se imaginava antigamente, a ingestão de álcool a curto prazo ocasiona a diminuição do rendimento e da ejeção do leite. Logo, estudos indicam que o consumo de álcool durante a lactação afeta o metabolismo materno e repercute no desenvolvimento da criança. Dessa forma, é aconselhável desestimular o consumo de álcool por lactantes.
Importância da elaboração de cardápios para as gestantes
Considerando os aspectos mencionados no texto, sabe-se que a mãe precisa estar bem nutrida para que o bebê consiga obter todos esses benefícios da amamentação. Para tal, é importante que a alimentação seja balanceada, incluindo todos os grupos de macro e micronutrientes em quantidades satisfatórias e evitando o consumo de bebidas alcoólicas.
Para que as grávidas possam se inserir em espaços sociais com opções adequadas, os restaurantes, bares e lanchonetes devem ter opções de pratos mais balanceados e bebidas não alcoólicas. Contudo, muitas vezes é difícil elaborar um cardápio estratégico e equilibrado em nutrientes sem conhecimentos técnicos sobre nutrição. Pensando nisso, a Nutri Jr. USP realiza o serviço de elaboração de cardápios; nós atendemos e nos adaptamos às demandas do cliente, ajudando a fornecer mais opções equilibradas, saborosas e atrativas para o público alvo do restaurante ou lanchonete.
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Referências
BURGOS, M. G. P de A.; MARTINS BION, Francisca y CAMPOS, Florisbela. Lactação e álcool: Efeitos clínicos e nutricionais. ALAN (online), v. 54, n. 1, p. 25-35, 2004. Disponível em: http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222004000100005&lng=es&nrm=iso
KACHANI, A. T. et al. Aleitamento Materno: quanto o álcool pode influenciar na saúde do bebê. Pediatria (São Paulo), v. 30, n. 4, p. 249-256, 2008. Disponível em: https://silo.tips/download/aleitamento-materno-quanto-o-alcool-pode-influenciar-na-saude-do-bebe
WILSON, P. R.; PUGH, L. C. Promoting Nutrition in Breastfeeding Women. Clinical Issues (Baltimore), v. 34, n. 1, p. 120-124, 2005. Disponível em: https://www.jognn.org/article/S0884-2175(15)34246-5/fulltext
Autoras
Gabriela Louro Massaretto – Assessora de Marketing
Jennifer dos Santos Soares – Diretora de Vice-Presidência
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