Guia alimentar e promoção da saúde
políticos relacionados às práticas alimentares. Nesse sentido, a Nutri Jr alinha-se aos princípios do Guia alimentar ao ressaltar a importância do alimento não somente com um vetor de nutrientes, mas como um componente atribuído de significados culturais e sociais. Que se refletem nas formas de preparo e consumo, e nos quais baseiam-se nossa alimentação.
1 – Porque é importante falar de guia alimentar e promoção da saúde?
Tendo em vista a mudança de práticas alimentares atual, torna-se nosso compromisso o estímulo à alimentação de qualidade, com alimentos “de verdade”, cada vez mais escassos na mesa dos brasileiros. Esse contexto põe em risco a segurança alimentar e nutricional e a saúde da população, aumentando a prevalência de doenças crônicas e condições. Que antes presentes em pessoas com idades mais avançadas, acometem hoje crianças e adolescentes.
E sabendo-se que a alimentação adequada e saudável parte também da consideração do impacto que formas de produção e distribuição de alimentos surtem sobre o ambiente e sobre a justiça social, é de preocupação da Nutri Jr. zelar pelo incentivo aos pequenos empreendedores, a fim de diminuir as desigualdades sociais e uso indiscriminado e negligente dos recursos naturais.
Com o intuito de amenizar os impactos na sociedade de um sistema alimentar controlado por grandes produtores. Gerando oportunidades de renda e trabalho para indivíduos comprometidos em oferecer alimentos seguros e saudáveis.
Logo, nossa empresa empenha-se no dever de proporcionar à comunidade e à sociedade uma alimentação adequada e saudável, alinhada com os princípios do Guia alimentar para a população brasileira e envolvida com a responsabilidade social e ambiental. Por essa razão, a Nutri Jr. USP oferece o serviço de Coffee Break, pensado e executado com dedicação e voltado à promoção da saúde através de uma alimentação de qualidade.
2 – Mas afinal, o que queremos dizer com uma alimentação de qualidade?
Nesse momento nos referimos a uma alimentação nutricionalmente balanceada, que agregue sabor e contemple a cultura em que está inserida. A partir disso, o Guia alimentar traz recomendações importantes a respeito do nível de processamento dos alimentos, que antecede sua aquisição, preparo e consumo. Essa questão, interfere diretamente no perfil de nutrientes, como sabor, aspecto e até mesmo qual será sua quantidade ingerida.
E pode ser que agora você se pergunte como isso é relevante, mas o grau de processos e etapas pelas quais um alimento passou até que chegasse a nós. Em definitivo um determinante para como esse alimento irá impactar a saúde de quem o consome. Assim, para descrever melhor como trabalhamos, se faz essencial explicar quais categorias de processamento temos disponíveis em nosso dia a dia e porque priorizamos o que priorizamos.
3 – As quatro categorias de processamento alimentar
3.1 – Primeira: alimentos in natura ou pouco processados
A primeira delas é a de alimentos in natura ou minimamente processados, sendo esta a base do nosso serviço de Coffee Break. Composta fundamentalmente por alimentos que não tenham sofrido qualquer alteração após terem sido retirados da natureza ou que antes de sua aquisição passaram por alterações mínimas, que podem consistir na lavagem, remoção de partes não comestíveis, secagem, corte, embalagem e congelamento, por exemplo.
Neste grupo, prevalecem com grande grau de variedade os produtos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, grãos, raízes, tubérculos, encaixando-se nessa categoria também carnes, ovos e o leite pasteurizado.
Vale ressaltar que mesmo quando um alimento in natura transita para a categoria de minimamente processado, pela realização de algum dos processos citados acima, não há nenhuma adição de sal, gorduras, açúcar, óleos ou outras substâncias no mesmo.
Com isso, os procedimentos que tornam o alimento minimamente processado visam aumentar sua duração, visto que eles tendem a se deteriorar rapidamente, e isso faz com que fiquem mais fáceis de serem armazenados e preparados.
Essa categoria apresenta boas fontes de fibras, vitaminas e minerais. Contudo, isoladamente são incapazes de oferecer em proporção adequada todos os nutrientes dos quais necessitamos, por isso, é indispensável uma variedade na dieta para que os alimentos possam ser complementares uns aos outros.
Dessa forma, o consumo de pequenas quantidades de alimentos de origem animal combinadas à alimentos de origem vegetal se faz excelente para uma alimentação saborosa, balanceada e culturalmente compatível. Além disso, a adoção de uma dieta equilibrada entre produtos de origem animal e vegetal contribui para um sistema alimentar sustentável e socialmente mais justo.
3.2 – Segunda: ingredientes culinários
A segunda categoria abarca o sal, açúcar, óleos e gorduras. Que se caracterizam como ingredientes culinários que devem ser usados com moderação no tempero, cozimento e criação de preparações feitas a partir de alimentos in natura ou minimamente processados.
Estes itens contribuem para agregar sabor à preparação sem que esta torne-se desbalanceada nutricionalmente. Seu uso deve supor pequenas quantidades, visto que possuem alto teor de nutrientes que em excesso podem causar prejuízos à saúde.
Como as gorduras saturadas nos óleos e o sódio do sal, que consumidos em grande quantidade podem gerar doenças do coração; e o açúcar livre presente no açúcar de mesa, em que o consumo excessivo propicia a obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis. Sendo assim, os impactos que esses produtos surtirão na saúde irão depender da quantidade utilizada nas preparações.
3.3 – Terceira: alimentos processados
Prosseguindo, entramos na categoria de alimentos processados, estes, por sua vez, configuram as compotas de frutas, conservas, queijos e pães. Que idealmente devem ser consumidos em pequenas quantidades como ingredientes em preparações ou como integrantes de refeições baseadas em alimentos in natura. Isso porque suas formas de processamento alteram de maneira desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais são provenientes.
Esses alimentos são produzidos sobretudo adicionando-se a algum alimento in natura ou minimamente processado sal ou açúcar. Em alguns casos, vinagre ou óleo, geralmente com o intuito de aumentar sua duração, os tornando também mais agradáveis ao paladar. Alguns exemplos de alimentos processados são o queijo adicionado ao macarrão e as carnes secas adicionadas ao feijão.
Neste caso, limitar o consumo de alimentos processados se faz relevante em razão de ainda que se mantenham características básicas do alimento original, os processos industriais aos quais são submetidos desfavorecem o balanço nutricional. O que nos leva ao mesmo ponto dos riscos do consumo excessivo de ingredientes culinários como sal, óleo e açúcar, muito presentes nesse grupo. Que podem acarretar dentre outras doenças, obesidade e hipertensão, por exemplo.
Outro aspecto importante é que a perda de água do alimento acompanhada da eventual adição de açúcar ou sal, aumenta a quantidade de calorias. De modo que o alimento passe a ter alta densidade calórica, muito associada ao risco de obesidade.
3.4 – Quarta: alimentos ultraprocessados
E, por fim, a quarta categoria, dos alimentos ultraprocessados. Antigamente chamados apenas como “industrializados”, não utilizam mais essa denominação, pois era pouco específica e não classificava de maneira assertiva os diferentes níveis de processamento industrial que um alimento pode sofrer.
Os alimentos ultraprocessados, salgadinhos, refrigerantes, macarrão instantâneo, biscoitos recheados, devem ser a todo custo evitados. Uma vez que tendem a ser consumidos em excesso e seus ingredientes são nutricionalmente desbalanceados, substituindo muitas vezes na dieta os alimentos in natura ou minimamente processados.
A produção desses alimentos por indústrias de grande porte envolve o uso de diferente técnicas e etapas de processamento. Com significativa adição de sal, açúcar, óleo, gorduras e substâncias de uso industrial que visam tornar cor, sabor, textura e aroma muito mais atraentes.
3.4.1 – Como identificar os alimentos ultraprocessados?
Os alimentos ultraprocessados podem ser facilmente distinguidos pelas listas de ingredientes. Que tendem a ser extensas e com nomes pouco familiares e não usados em preparações culinárias feitas em casa, como espessantes e realçadores de sabor.
Essa categoria é comumente consumida em substituição a alimentos como frutas e água, e no lugar de refeições principais. O perigo do consumo de ultraprocessados encontra-se em sua composição nutricional desbalanceada, de alta densidade energética e com significativos impactos negativos na cultura.
Uma vez que homogeneízam as práticas alimentares ao redor de todo o mundo desestimulando as singularidades das culturas alimentares; na vida social, visto que preconizam a praticidade em detrimento do compartilhamento de refeições e da dedicação de tempo às mesmas; e no ambiente, onde a escala de produção, distribuição, comercialização dos alimentos e descarte de resíduos são potencialmente danosos ao meio ambiente.
Concluindo
Finalmente, a Nutri Jr. USP, levando em consideração todos os pontos levantados, busca promover uma alimentação saudável com consciência, responsabilidade e empenho na difusão de uma alimentação de qualidade que seja condizente com os princípios do Guia alimentar para a população brasileira.
Contemplando a Regra de Ouro deste documento: a priorização de alimentos in natura ou
minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultra processados. De modo a alinhar nosso comprometimento em oferecer um Coffee Break com sabor, nutricionalmente balanceado e culturalmente apropriado com o compromisso de zelar pela saúde pública.
REFERÊNCIAS
MELO, Eduardo Alves; JAIME, Patrícia Constante; MONTEIRO, Carlos Augusto. Guia alimentar para a população brasileira. [S.l: s.n.], 2014.
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